sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

NATAL SEM ESPERANÇA


O natal é um momento único para o mundo cristão. É incrível lembrarmos que um dia Deus enviou nosso salvador Jesus Cristo, que em Nazaré veio trazer esperança para a humanidade. Esperança, está ai uma palavra importante e extremamente necessária para nossa geração.


ESPERANÇA


Certa vez, um entregador de um certo açougue de Brasília foi à casa de um cliente realizar mais uma entrega cotidiana. Ao bater na porta dos fundos, porta da cozinha, o proprietário abiu a porta, e o entregador viu uma grande e recheada mesa, repleta de comidas e guloseimas. O entregador, educadamente disse: “bom dia seu doutor, mesa farta heim...”, o cliente respondeu: “graças a Deus”, então o entregador disse: “eh, o Deus do rico não é o mesmo Deus do pobre não, lá em casa quando tem pão falta manteiga, quando tem manteiga falta pão...” Esta é a triste realidade de muitos brasileiros e família espalhadas pelo mundo, para elas, o natal não promete muita esperança.


Jesus veio trazer esperança para o mundo, isto é fato. Mas o mais intrigante é o fato de o mundo, na grande maioria cristão, pouco tem feito para mostrar Jesus através de comportamentos e ações que promovam um mundo melhor. Em seu livro “Conselhos Espirituais”, Dalai Lama, isto mesmo, Dalai Lama um monge budista Tibetano, disse que se os cristãos praticassem os ensinamentos de Cristo o mundo seria diferente. Isto é verdade. Um budista, que não segue os ensinamentos de Cristo reconhece que estes ensinamentos são capazes, se praticados, de mudar o mundo atual.


Eu tenho um sonho. O sonho de construirmos uma igreja para adoração, mas que em volta desta igreja tenhamos construídos salas de cursos profissionalizantes como cursos de técnico agrícola, técnico em meio ambiente, mecânica, informática, culinária, corte/costura, secretariado, música dentre outros. Uma igreja que anuncia as boas novas de salvação eterna, mas que faça a tranformação social através da educação e da profissionalização de jovens carentes. Quem sabe em vez de um par de sapatos, um diploma que dará um salário para toda a sua vida e para o sustento de sua família. Hoje eu não tenho recursos para realizar este sonho, por isso sigo sonhado, acreditando, lutando.


Infelizmente, para a igreja cristã contemporânea, o natal também se tornou um momento de sermões decorados, clichês, simbologias, danças e apresentações, mas algo tão vazio que já não atrai a sociedade, como o fazem tão bem os comércios. Comemorar o natal ao lado de nossos irmãos de fé, ricos e cheirosos, participar da ceia natalina organizada pelas irmãs da igreja são privilégio de poucos. A grande maioria das pessoas do mundo cristão estão fora desta realidade, deste privilégio.


Não sou o salvador do mundo, ele se chama Jesus Cristo, mas uma coisa quero fazer, trabalhar para que o verdadeiro sentido do natal seja vivenciado por todas as pessoas. Deus já lhes deu o presente que pode mudar sua realidade eterna, eu quero, enquanto igreja, dar-lhes um presente para mudar sua realidade presente, ainda neste mundo.


Quero sua ajuda! Vamos construir a igreja deste sonho, do sonho de dar esperança ao sem esperança, de em vez de darmos brinquedos e roupas como presentes, de darmos diplomas e esperança como presentes, de anunciarmos a salvação eterna, mas também de promovermos a salvação terrena, social, humana.

por: Alexandre Pevidor

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

PASTORES DE MAMOM


Eu cresci ouvindo grandes histórias de meu bisavô, missionário do Reino de Deus Quirino Gomes, que serviu ao SENHOR da Seara na Igreja Cristã Casa de Oração. Meu avô Eduardo Gomes eu presenciei sua pregação, e como sua mão, ungida com óleo ministrava na vida de enfermos e aflitos, e era tremendo como Deus operava. Meu pai disse sim ao chamado do SENHOR da Seara e abandonou sua profissão e sua empresa para ser missionário, anunciando o sagrado Evangelho da salvação.

Quando olho para o passado, lembro-me como as igrejas evangélicas eram respeitadas, como alguém que recebia a vocação de Pastor era respeitado; sua presença impunha respeito e indicava dignidade. Ser um evangélico, no passado, era sinônimo de gente honesta, bom pagador, respeitável, digno, de boa índole, e que tinha muito a oferecer para um mundo melhor.

Vamos ser honestos, o evangélico do século XXI está totalmente desacreditado. Pastores surgem a cada dia, com teoremas e poderes cada vez mais espetaculares. Estes dias tive o desprazer de ver um lobo com título de pastor defendendo a satânica teoria de que o profeta Elias veio, invocado por uma necromante (quem invoca os mortos), para conversar com o rei Saul. Não sei o que é “mais” pior, se sua teoria, ou se o canal universal que manteve este ridículo, insignificante, herético e satânico debate.

Continuando a ser honesto, a igreja Evangélica tem sido depreciada dia após dia. A ganância por dinheiro tem feito centenas de pastores surgirem, cheios de argumentos para promover a riqueza e a cura das pessoas em troca de “quem dá mais” para “Universalizar o Poder Mundial por meio de um Show da Fé Malafariana”. Igreja evangélica, hoje, é sinônimo de $$$$$$$. Quanto mais cifras, mais poder, quanto mais poder, mais massa..... Tenho sentido nojo em ver a maioria das pregações evangélicas em nossa cidade. A alguns dias ouvi dizer de uma liderança de uma histórica igreja, vulgo reformada, que um pastor havia adulterado, mas que isso não era motivo de alarde, pois “quem não pega uma menininha de vez em quando???”. Outra denominação, mais pentecostalizada, que mantêm cultos às custas de sorteios de motos, TVs durante o culto, teve seu nome nas manchetes porque dois de seus pastores foram flagrados, juntos, entrando em um motel da cidade.

Cheio de ser tão honesto, mas sem negar meus sentimentos, sinto que o maior desafio da Igreja Evangélica é mostrar ao mundo que sua função é ser SAL e LUZ, modelos vívidos de Jesus Cristo de Nazaré, em uma geração contaminada pelo pecado. Infelizmente, a igreja cristã não oferece mais respostas para os escândalos, porque ela em si é a principal portadora dos maiores escândalos financeiros, sexuais, imorais e vexatórios que temos visto.

Triste esta realidade, pois a Igreja Evangélica perdeu a capacidade de influenciar o mundo, de transformar o mundo. É nojento ver “pastores” usarem seus púlpitos para blasfemarem contra Deus, usarem sua vida para envergonhar a Jesus, e manipularem a Bíblia Sagrada como se fosse um saco de lixo. A pregação da salvação eterna foi trocada por milagres momentâneos, o anúncio do pecado foi abandonado para não correr o risco de “perderem” os membros das igrejas, o pastoreio foi esquecido em uma geração de “pastores” que engordam no sossego de sua inércia, covardia e falsidade. Triste é ver pastores sem vocação, feitos “à machado”, assoviados, mas não chamados para o Reino, pilantras que usam este título e cargo para a satisfação pessoal; bandidos que roubam inescrupulosamente pessoas enfraquecidas pelas dificuldades, filhos de mamom, que pregam mamom, e que passarão a eternidade ao lado de mamom.
Por Alexandre Pevidor