sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

PG - ALGUÉM QUE SONHA




Olhemos para nosso século. Grande parte das profecias finais se cumprindo, e a igreja do SENHOR Jesus esta bem no meio de uma diversidade de abominações e condutas horrenda, praticadas por seres humanos carregados de pecados e de influências satânicas. Diante dessa realidade à nossa volta, aguardamos a volta do nosso Salvador.

A grande questão é como aguardamos a Sua volta. Que as profecias se cumprirão, sabemos e conhecemos. Todavia podemos questionar se a conduta da igreja deve ser de passividade, diante de uma realidade tão condenada pelas Escrituras. Devo ver e me calar? Devo ver e passar de largo? Devo, como igreja representativa do SENHOR Jesus nesse mundo, ignorar tanto abuso humano que contradiz todos os preceitos de conduta humana mandado por Yhaweh?

Você como Igreja do SENHOR Jesus está sendo desafiado, no presente século, a fazer tudo o que Jesus faria em Seu ministério terreno. Ele subiu aos céus, mas instituiu Sua igreja, e través do derramamento do Espírito Santo, você teve acesso à salvação, e uma vez igreja militante, você não pode se calar, você não pode ficar inerte, você precisa fazer algo para melhorar o mundo que Deus criou.

“Eu também sou vítima de sonhos adiados, de esperanças dilaceradas, mas apesar disso eu ainda tenho um sonho, porque a gente não pode desistir da vida”(Rev Martin Luther King Jr); esse grande exemplo de igreja militante não se preocupou com os problemas sociais de outros países, com missões estrangeiras, mas ocupou sua vida, como ser humano e como igreja, em combater as desigualdades sociais em seu país, e as injustiças sociais tão desumanas em seu tempo. Ele pregava nas ruas, nos templos, em salões e em todos os lugares onde pudesse falar e lutar pela igualdade entre negros e brancos. Isso lhe custou caro, objetivamente, um tiro no rosto. O Rev Martin Luther morreu por um ideal, por um alvo, por um sonho. Ele morreu, mas seus ideais, alvos e sonhos não desceram à sepultura com seu corpo. Para ele, viver significava sonhar, e deixar de sonhar era o mesmo que morrer. Hoje os sonhos do Rev Martin Luther são realidades na vida de muitos negros americanos. Talvez se outros pastores batistas, presbiterianos, assembleianos e pastores de todas as denominações evangélicas americanas tivessem aprendido a sonhar e a agir com o Rev Martin Luther, a desigualdade social e racial já estaria totalmente abolida do contexto urbano americano.

O Brasil é um país de uma riqueza quase incalculável. Todavia o que mais vemos é uma desigualdade social que bane da vida muitos seres humanos em nosso contexto urbano. O maior exportador de soja do mundo não consegue manter dignamente a vida de seus compatriotas, de seus filhos. Enviamos carne bovina, suína e aves para quase todo o mundo, mas vemos pessoas nos sertões da vida comendo ratos e calangos, em uma terra com grande poder de produção. Nossa ciência, tão evoluída produz descobertas dignas de capa da “Science”, todavia vemos hospitais em estados precários e atendimentos médicos, como o do SUS, como se fossem veterinários, tratando de bichos com cara de gente. Tudo isso tem uma resposta: corrupção. Poderíamos mudar essa realidade! podemos mudar essa realidade! basta sonharmos em ser uma igreja atuante em nosso contexto urbano, lutando com a grande força de que dispomos, para combater a corrupção, as desigualdades sociais grandiosas, a política subversiva para o mal, para os interesses próprios dos políticos que se enriquecem ás custas da pobreza de mais de cem milhões de pobres e miseráveis brasileiros.

Eu ainda tenho um sonho. Eu sonho com uma igreja que seja atuante no seu contexto social. Uma igreja que provoque uma revolução social em nosso país nesse século. Uma igreja que provoque uma mudança radical na política, no comércio, na agricultura e sobre tudo, na vida dos brasileiros. Tenho certeza que se nosso Jesus viesse ao mundo, ao Brasil hoje em dia para exercer Seu ministério, essa seria uma das grandes ênfases na Sua atuação ministerial. Como pastor de uma igreja evangélica estou movendo minha igreja para essa atuação ministerial. Talvez eu não consiga mudar o Brasil, ou até mesmo minha própria igreja local. Mas, enquanto eu sonhar com essa igreja ideal, terei forças para continuar a lutar por esse ideal. Sei que meu sonho é muito grande, mas maior é meu medo de ser, em meu século, apenas mais um escriba e fariseu, com muito conhecimento teológico, tanto quanto inerte.

Rev. Pevidor